O melanoma é neoplasia maligna que resulta da proliferação de melanócito na epiderme, principalmente na junção dermoepidérmica ou na derme, a partir de células névicas alteradas. A palavra melanoma deriva do grego, que significa cor preta. Encontra-se referência desse tumor na literatura desde meados do século XVII.
Segundo Ferreira o termo melanoma foi utilizado por Robert Carswell pela primeira vez em 1838. Handdley demonstrou claramente em 1907, a via linfática de disseminação do melanoma em um paciente que evolui a óbito com doença metastásica generalizada. Os trabalhos de Handdley, que recomendavam ressecção ampla do tumor, incluindo subcutâneo, fáscia e fibras musculares superficiais, permanecendo durante sete décadas como diretrizes de tratamento, iniciando-se novos pensamentos somente após 1953, quando Allen e Spitz correlacionaram o crescimento invasivo do tumor na pele com o aumento de risco de metástase.
Em contraste com muitas formas de câncer, o melanoma ocorre principalmente nas décadas mais produtivas de vida, caracterizando-se por uma evolução caprichosa e potencialmente letal. Vários estudos indicam que, apesar do aumento da incidência do melanoma, a maioria das novas lesões diagnosticada seria de fina espessura. O prognóstico e o tratamento cirúrgico adequado são as mais importantes armas para melhorar a sobrevida desses pacientes.
A classificação clínica do melanoma compreende quatro tipos: extensivo superficial, nodular, lentigo maligno e acral, aos quais se-apresenta a quinta categoria, constituída por tipos clínicos não-classificados, como o melanoma amelanótico, o desmoplásico, o verrugoso e o melanoma das mucosas (IBIDEM).
Segundo a ordem de importância, os fatores de risco são: a sensibilidade ao sol (queimadura pelo sol e não bronzeamento), a pele clara, a exposição excessiva ao sol, a história prévia de câncer de pele, história familiar de melanoma, nevo congênito (pinta escura), maturidade (após 15 anos de idade a propensão para este tipo de câncer aumenta), xeroderma pigmentoso (doença congênita quase caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e nevo displásico (lesões escuras da pele com alterações celulares pré-cancerosas).
Para favorecer o diagnóstico precoce da doença estabeleceram-se quatro sinais de alerta, são eles o ABCD do câncer:
A (assimetria) – a lesão melanocítica deve ser dividida em dois eixos perpendiculares, orientados de forma a produzir a menor assimetria possível.
B (bordas irregulares) – a lesão melanocítica não deve ter bordas irregulares.
C (cor) – não deve existir dois ou mais tons de cores.
D (diâmetro) – o tamanho deve ser inferior a 6 mm.
Como medida preventiva tanto para este como para os outros tipos de câncer de pele, a educação na proteção solar é imprescindível. A exposição deve ser evitada no período de 10 às 16hs e mesmo durante o horário adequado é necessário a utilização de proteção adequada como chapéu, guarda-sol, óculos escuros e filtro solares com fator de proteção 15 ou mais (Campanha Nacional de Câncer de Pele e Hanseníase. Disponível em: <HTTP://www.fiocruz.br)
A diminuição da camada de ozônio é responsável pelo aumento da radiação UV, que tem sido aventada como uma das causas do aumento da incidência dos cânceres cutâneos (Prof. Sebastião Sampaio).
A qualquer hora do dia é importante se proteger do sol, inclusive em dias nublados, segundo o INCA a proteção deve ser feita 30 minutos antes da exposição solar, e o produto deve ser aplicado a cada 2 horas, após sudorese excessiva, ou entra na água. A proteção deve ser contra raios UVA e UVB.
Martha Mendonça